O Concilio dos Deuses PT I
Fevereiro 01, 2017
Pinheirinho
A terra era há muitos anos uma esfera disforme, uma lua partida ameaçava a sua estrutura, constantes terremotos e erupções na terra em convulsões constantes, olhando-a do espaço era apenas uma bola cinzenta, num manto negro, o criador olhava para ela, sabendo que se nada fizesse a vida não sobrevivia nem mais um dia.
Nunca pensou que um pequeno cometa fizesse um dano tão grande, no máximo iria apenas chocar com a terra, uma parte seria destruída sim, mas como fizera com os dinossauros milénios antes, a terra sobreviveria e ficaria limpa de todo o lixo que aos poucos a destruía, mas que parvoíce aquela de colocar a lua em rota de colisão, que parvoíce aquela que fez com que a ganância humana transformassem a lua num escudo oco, sem vida, que sobreviventes teria a terra, pequenos animais claro, necrófagos sobreviventes de outras catástrofes, animais resilientes e sobreviventes por natureza, como lobos, raposas, toupeiras, coelhos e furões e tantos outros mais, mas, por quanto tempo, da outra vez a nuvem de fumo e enxofre durou o suficiente para que os maiores animais morressem à fome e sufocados com a escassez de oxigénio, os outros evoluíram para se adaptar ao ambiente, mas a terra já está assim à mais de 1000 anos, era muito tempo, tempo demais.
O Criador olhou a terra em busca de vida, encontrou várias cidades de humanos protegidas de todo aquele caos, fechados como que dentro de uma bolha, com a sua própria atmosfera, luzes a imitar o sol, vegetação, hortas e árvores de fruto, animais domésticos e outros de criação, bom pensou ele, nem tudo desapareceu, encontrou várias cidades dessas, limpas, livres do caos exterior, outras, nem por isso, outras ficaram em falhas sísmicas, o exterior, contaminou o interior, matou a vegetação e envenenou o ar que respiram, outras ficaram inundadas, outras … não, não, isto não é a raça humana! – Pensou o criador ao ver que numa das bolsas de vida, as pessoas passaram a canibais, mataram e comeram outros sobreviventes, o ar contaminado, fez com que alguns se mutilassem, não tinham narizes nem orelhas, era uma visão feia da humanidade, infelizmente não era a única.
Feio de mais de ver, mas tinha de ser, fora obra sua ter enviado aquele meteorito contra a terra, era algo que tinha de ser feito ou o próprio planeta morreria e sem forma de se regenerar, esta era a única forma, mas agora teria de por mãos à obra, iria fazer como fez das outras vezes, seriam escolhidos 100, iriam ser treinados e testados até ficarem os melhores, os mais puros, os mais perfeitos, dentro da característica de cada um irá ser atribuído o seu destino, mas primeiro à outras coisas a fazer.
O Criador dirigiu-se às bases de Marte, para ver como a raça humana sobreviveu no planeta vermelho, um deserto que os humanos quiseram transformar num planeta verde, Marte era um planeta como a terra, ai o Criador não interveio, deixou que o planeta seguisse a sua evolução normal, mas a ganancia destruiu o planeta, secando-o de todos os seus recursos, de tal forma que toda a raça marciana desapareceu não sobrando nenhuma réstia ou essência do seu povo, não à superfície, a evolução e a seca e os ventos solares atiraram os sobreviventes cada vez mais para o seu interior, era nas profundezas de Marte que os últimos marcianos viviam, onde havia água e vegetação, mas as entradas haviam sido seladas à muitos milénios, eram prisioneiros da sua ganância.
O Criador procurou e nada encontrou em marte, à superfície não haviam ninguém, nem os vaivéns espaciais lá estavam, procurou-os nos planetas mais próximos e nada encontrou, decidiu desfolhar o tempo para saber o que aconteceu, abriu a galeria do tempo e foi ler os escritos dos escribas divinos.