O Concilio dos Deuses Parte IV
Fevereiro 10, 2017
Pinheirinho
O Criador olhou o planeta, percorreu o seu exterior, depois o interior, sorriu ao ver que o povo Marciano já não eram apenas humanoides peludos, a gigante caverna era agora uma de muitas, criadas por eles, evoluíram ao ponto de que o interior já era pequeno de mais, mas ainda não podiam sair para o exterior.
O criador sorriu uma vez mais, desta vez enquanto desactivava as muitas ogivas que podiam destruir o planeta, activando todas ao mesmo tempo e disparando-as contra o Sol, depois num ato único e belo, elevou à superfície uma grande rocha de Gelo, Gelo puro escondido no pólo Norte, derretendo agora preenchendo o leito do Rio, apenas um pequeno ribeiro depressa será maior, depressa fará um oceano, como já existira antes.
Percorreu de novo as grutas onde um jovem era carregado em ombros, festejavam, achavam que tinha sido aquele jovem a livra-los do perigo eminente.
Afastou-se de Marte, não sem antes descarregar toda a informação do Escriba divino em Marte e o rejuvenescer, pois neste momento era o único por lá, agora o tempo fará o resto, que não caiam no mesmo erro, e aproximou-se da terra em convulsões, aqui o trabalho era muito, havia muito para fazer, percorreu mais uma vez a terra com o olhar, existia matéria prima suficiente na terra para usar, desta vez quis fazer diferente do que tinha feito antes, desta vez iria dar forma aos Deuses, ainda não sabia ao certo quantos, continuou a percorrer a terra em busca de pessoas Puras, pessoas limpas de ódios ou maldades, sempre que encontravam um trazia-o para perto de si, vasculhou e vasculhou, por todas as espécies, de todos os sítios, de todas as formas, “Chega!” disse para si mesmo em voz alta, olhou para trás e contou 113, 113 pessoas, a maioria jovens ainda, talvez mesmo demasiado novos para o que queria fazer, devolveu mais uns quantos e voltou a contar, 101, será com estes então que ficarei.
Antes de começar, puxou para trás a Lua, afastando-a da terra o suficiente para as convulsões pararem, pararam os tremores de terra, os vulcões expeliram a ultima lava, a terra acalmou, assim como em Marte, o tempo fará o resto.
Agora estes 101, agora começa a 7ª experiência, vamos ver se estes 101 são matéria suficiente para criar aqui um grupo de Deuses, que trabalhem entre si, que sejam um só na resolução dos problemas, que sejam unidos e percebam que cada um tem o seu papel, o seu lugar, não quero mais falhas como nos anteriores, ou resulta desta vez, ou voltaremos a ter que começar de novo e este planeta já começou de novo vezes de mais.
- Sejam bem vindos à minha casa, eu sou o Criador, a minha função é zelar pelo espaço, os seus planetas e os seus seres, e a terra estava a precisar de um limpeza, infelizmente a raça humana e a sua ganancia, fizeram com que uma coisa simples se tornasse, quase, no fim do mundo. – Disse o criador para os presentes assim que rodou a cadeira voltando-se para eles.
Os jovens e menos jovens ficaram a ilhar espantados para aquele enorme ser, a forma era quase a de um humano, nas a pele era transparente, mas em vez de veias, esqueleto e músculos, viam-se linhas de um roxo florescente e pequenas luzes amarelas que desciam e subiam a uma enorme velocidade, os olhos eram fundos e a face fina sobre um pescoço comprido e quase sem nariz ou orelhas, a tapar a face uma enorme e branca barba que chegava até meio do peito, os cabelos eram brancos como a barba e compridos caindo ao longo das costas, a enorme secretária onde se sentava impedia-os de ver mais, mas pelo tamanho da cabeça e mãos devia de medir mais de 4 ou 5 metros de altura.
- Aqui irei ensinar-vos como ser um deus, os melhores serão escolhidos para esse fim, os outros passarão a escribas divinos, seres etéreos, com a capacidade de viajarem no tempo para trás e para a frente, com a função de relatar tudo o que seja relevante, caso eu necessite, quem não quiser nem uma coisa nem outra que o diga!
Os 101 ficaram imóveis, só a olhar para aquele ser enorme, vidrados nele como que hipnotizados.
- Está bem, terão uma semana para responder, desçam este corredor e cada um entre numa porta, a porta que escolhem será o vosso numero, apesar das portas não estarem marcadas, apenas serão marcadas depois de todas as portas fechadas, não quero os vossos nomes, não para já, pois de hoje em diante serão conhecidos pelo vosso numero, Agora vá saiam da minha frente e descansem, terão comida e roupa para vestir nos quartos.
Logo de seguida o Criador levantou-se, era bem maior do que esperavam, ninguém arredou pé, continuavam estáticos a olhar, devia de ter uns 10 metros de altura.
- Vão! Do que é que estão à espera? – disse o Criador indicando com a mão o corredor.
Começaram a levantar-se a medo e lá foram entrando no corredor.